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Assim, gostaria que chegassem também às minhas próprias páginas de "Pequena Abelha", escrito por Chris Cleave.
Voo ao âmago
Voo para pensar que não foi para voar que fui feito. Que não foi para entender coisa alguma. Que não foi para estar vendo o azul que parece infinito destes céus que pairam sobre nossas cabeças. Não fui. Escolhi ficar e assumir os riscos. Decidi vestir minhas asas e ver o que eu podia fazer. Decidi que eu ia voar naqueles céus não porque quisesse de verdade descansar numa nuvem, mas porque queria ver mais plenamente os lugares que eu podia alcançar.
Voo para entender o que, visto de perto, me confundiria. Voo para afastar-me e pesar cada desenrolar de história e cada consequência. Voo para isolar-me em mim mesma quando isto se fizer necessário (porque sei que algum dia isto acontecerá). Voo para conquistar o que é meu e enxergar as imensidões de passos que eu posso dar rumo aos meus sonhos que ainda são desconhecidos, que caminham lentamente para, um a um, adentrarem as minhas noites e marcarem meus pensamentos.
Voo para entender que o mundo não é daquelas mudanças drásticas que todo mundo arquiteta em momentos dispersos. É daquela pequena decisão que você toma quando alguma coisa lhe faz parar para pensar, como neste livro. Pensar que a ficção é tão realista quando colocada aqui fora, sem as palavras grafadas nas páginas, mas com as verdadeiras experiências. Pensar que se podia muito bem estar vivendo num livro e que, ao mesmo tempo, sua realidade pode ser transcrita.
Ao final do dormir destas palavras aqui escritas, deixo uma pergunta: se pudesse, o que escreveria nas páginas da sua própria vida?
Larissa Mariano
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