Conhecia um pouco do que se passava no livro depois que lançaram o filme e, apesar de nunca tê-lo assistido, já tinha ouvido falar por aí. Num caso desses, estar mais perto da história e se deixar levar pelos detalhes que enriquecem realmente faz a diferença. É realmente como num show de circo: vários olhos dispostos a não perder um só movimento, simplesmente para que o todo fique mais emocionante.
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Aos 23 anos, Jacob era um estudante de veterinária. Mas sua sorte muda quando seus pais morrem num acidente de carro. Órfão, sem dinheiro e sem ter para onde ir, ele deixa a faculdade antes de prestar os exames finais e acaba pulando um trem em movimento - o Esquadrão Voador do circo Irmãos Benzini, o Maior Espetáculo da Terra.
Admitido para cuidar dos animais, Jacob sofrerá nas mãos do Tio Al, o empresário tirano do circo, e de August, o ora encantador, ora intratável chefe do setor dos animais. É também sob as lonas dos Irmãos Benzini que Jacob vai se apaixonar duas vezes: primeiro por Marlena, a bela estrela do número dos cavalos e esposa de August, e depois por Rosie, a elefanta aparentemente estúpida que deveria ser a salvação do circo.
Água para Elefantes é tão envolvente que seus personagens continuam vivos muito depois de termos virado a última página. Sara Gruen nos transporta a um mundo misterioso e encantador, construído com tamanha riqueza de detalhes que é quase possível respirar sua atmosfera.
Assim, respeitável público, eis a minha resenha de Água para elefantes, escrito por Sara Gruen.
Imensidão
Sinceramente, eu classificaria esse livro como envolvente. É um romance daqueles que te prende para saber o que vai acontecer no próximo capítulo. O cenário te transporta para um picadeiro, onde o coração é a atração principal. É ele quem perambula pelos palcos do circo da vida, quem decide onde, como e quando entrar em cena. É dele todo o espetáculo, das estrepolias de uma trapezista até os animais instintos de quando o amor entrar em cena.
Quando o coração manda, o destino acompanha. Quando os desejos são fortes e maiores, as coisas conspiram a favor desse positivo, a favor do inevitável e do conquistado. Quando o coração se apresenta, os aplausos são fervorosos. Quando chega em seu ápice de alegria, contagia rostos e almas. Quando se retira, deixa com que o público leve para casa a sensação de estar apaixonadamente encantado com seus feitos.
Quando o coração manda, não há show que se dê por encerrado. Há, em cada aplauso e encanto, as gotas de uma eternidade. Eternidade esta que durará até que não se possa contar pela exatidão do tempo, mas até que se esteja no momento de fechar as cortinas e abrir, ao mesmo tempo, o coração para um tempo individual, que cresce às almas e gostos pulsantes em cada um.
Larissa Mariano
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